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Pedro Juan Caballero (PY) Comerciantes

Comerciantes de cidades gêmeas apostam em ligação umbilical para reconstruir economia na fronteira

Comerciantes de cidades gêmeas apostam em ligação umbilical para reconstruir economia na fronteira

01/10/2020 14h13
Por: Fronteira Em Foco
Comerciantes de cidades gêmeas apostam em ligação umbilical para reconstruir economia na fronteira

Com relações cortadas há mais de sete meses pelos efeitos devastadores da pandemia do coronavírus, e sem decreto oficial de reabertura da fronteira,  comerciantes de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã já pensam no processo de reconstrução da economia local. Otimistas, eles apostam na ligação umbilical  entre as duas cidades consideradas gêmeas.

Apesar de um cenário  caótico e das perspectivas da retomada de desenvolvimento apontarem para horizontes de médio e longo prazo, esperança é uma palavra que foi incorporada ao cotidiano de empresários e trabalhadores das duas cidades. Para eles os dias de incerteza estão pertos de chegarem ao fim, mas ainda será preciso paciência até que tudo volte ao normal.

A reportagem do Midiamax esteve na Linha Internacional, como é conhecido o marco divisório e imaginário  entre Pedro Juan Caballero, no Paraguai e Ponta Porã e ouviu relatos de pessoas que acreditam em dias melhores. Entretanto, a saída segundo eles, está na capacidade de superação dos moradores das duas cidades e na união de forças.
“Estou aqui há 30 anos e jamais imaginei que isso pudesse acontecer. Nós temos aqui uma interdependência entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã incrível. Posso dizer que a pandemia irá deixar profundos impactos na economia das duas cidades, mas jamais irá nos dividir”, afirma o comerciante brasileiro Pedro Alcides Zanchet Bandiman, que atua no ramo de vendas de tecidos.

Pedro ressalta ainda que muitos amigos paraguaios fecharam as portas e ainda aguardam a normalização da situação para decidirem se irão reabrir. “Temos conhecimento que esses números passam de 60%. Mas apesar de um  futuro incerto e daqueles que não conseguiram sobreviver, outros virão. Essa nossa fronteira tem uma capacidade de reconstrução impressionante”, explica o comerciante.

“Essa relação entre Pedro Juan e Ponta Porã é quase simbiótica. Uma cidade depende da outra. Se falamos de comércio, temos 15 mil paraguaios cadastrados que fazem compras no crediário no Brasil e uma população de quase 45 mil pessoas que movimentam as duas cidades”, destaca o empresário paraguaio Tomás Medina.
“Somos fortes e apesar dos dias escuros, o sol sempre brilha por aqui”, afirmou a ambulante paraguaia,  Marina Coronel, à espera dos compradores de alho e cigarro. Ela conta que nos dias em não podia sair de casa, se apegava com a “Virgem de Caacupé”, para encontrar forças e se manter em pé para garantir o sustento dos quatro filhos pequenos.

midiamax

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